15 dezembro 2011

Entre o livro e o trabalho

O espaço, localizado na fábrica de botijões Ibrava, em Monte Mor, interior de São Paulo, contará com um acervo inicial de 2500 livros de diferentes gêneros. 

Na próxima terça-feira (20), a empresa Copagaz, distribuidora de gás de cozinha (GLP), vai inaugurar mais uma biblioteca por meio do seu Programa de Incentivo à Leitura, que é direcionado aos seus funcionários.

Investir na capacitação e conhecimento de seus colaboradores por meio  da educação.  Esse é o objetivo da Copagaz, quinta maior distribuidora de GLP (gás de cozinha) do País, com a inauguração de mais uma biblioteca do Programa de Incentivo à Leitura. A décima-primeira, do total de 15. Inicialmente, o acervo em Monte Mor contará com cerca de 2500 livros dos mais variados gêneros, incluindo romances, obras de referência, monografias, histórias e poesias, todos doados por bibliotecas públicas e pessoas físicas. 

O projeto, além de promover o desenvolvimento pessoal dos colaboradores, pretende também dar continuidade ao programa de formação educacional, iniciado há 12 anos com o Programa Bolsa de Estudos, que subsidia 70% das mensalidades escolares, graduações, pós-graduações, MBAs, doutorados e cursos de língua, já beneficiando mais de 1000 funcionários. Segundo a empresa, o investimento feito em educação também passou pela erradicação do analfabetismo dentro dos plants da engarrafadora.

"Passamos para uma nova etapa do programa educacional com o Projeto Copagaz de Incentivo à Leitura, onde montamos bibliotecas em nossas filiais para que os colaboradores tenham acesso a livros de autores renomados e materiais para pesquisa", explica Ueze Zahran, presidente da Copagaz.

10 bibliotecas já foram inauguradas. Confira: 

Filial
Estado
Socorro
SP
Mauá
SP
Campo Grande
MS
Ipojuca
PE
Uberlândia
MG
Jardinópolis
SP
Goiânia
GO
Canoas
RS
Araucária
PR
São José dos Campos
SP

01 dezembro 2011

A economia que vem da natureza

As filiais da Allianz Seguros em Porto Alegre, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, inauguradas este ano, já ganharam uma economia de cerca 30% em energia elétrica. As unidades contam com a utilização de energia solar. Além disso, foi adotado sistema para aproveitamento de água de chuva e os móveis são todos de madeira certificada. A companhia também instalou um sistema de ar-condicionado e iluminação que permite reduzir o consumo.

Em paralelo com as ações no país, o Grupo Allianz desponta como a marca global mais sustentável em serviços financeiros. A seguradora aparece na 21ª posição geral no relatório Best Global Green Brands, que mostra as marcas mais sustentáveis do mundo, feito pela consultoria Interbrand, líder mundial em avaliação de marcas.  A classificação elevada da companhia é resultado do compromisso de longo-prazo da empresa com iniciativas 'verdes' e o constante desenvolvimento e melhoria de soluções sustentáveis. 

09 novembro 2011

Exposição Peter Caton – Cerrado, Imagens de Transformações e Fronteiras

PRIMEIRA SÉRIE DO FOTÓGRAFO BRITÂNICO PETER CATON SOBRE O CERRADO É EXPOSTA NO MUSEU BELAS ARTES DE SÃO PAULO

Com entrada gratuita e aberta ao público, exposição mostra avanço do desmatamento no bioma brasileiro

O Museu Belas Artes de São Paulo apresentará a partir do dia 10/11 parte da primeira série do projetoCerrado, Imagens de Transformações e Fronteiras”, do fotógrafo britânico Peter Caton. Tido como um importante nome da fotografia documental contemporânea, suas imagens tem como universo temático causas humanitárias e sociais.

Apesar de se tratar de um trabalho incompleto, Peter sente a urgência em divulgar o assunto. As imagens da série trazem ao público assuntos fundamentais desse importante bioma brasileiro, como sua diversidade, além de abordar questões como o desmatamento e a preservação ambiental. Pesquisadora e Coordenadora do projeto que resultou nas fotos, a designer Cristiane Aoki avalia a vulnerabilidade da preservação socioambiental do Cerrado como um “sufoco silencioso que povos tradicionais e indígenas estão sofrendo diante da expansão do agro-business sem um planejamento em longo prazo”.

A mostra com curadoria de João Kulcsar é uma parceria do muBA com a Central de Extensão e o Núcleo de Pesquisa em Sustentabilidade (NUPES) do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, cuja proposta é integrar as áreas de comunicação e arte com a área de gestão ambiental.


Exposição Peter Caton – Cerrado, Imagens de Transformações e Fronteiras
Abertura: 10/11 às 20h
Visitação: 11/11/2011 a 28/01/2012 – segunda à sexta-feira das 9h às 21h e sábados das 09h às 16h.
Fechado para recesso de 19/12/2011 a 08/01/2012
Fechado aos domingos e feriados.
Entrada gratuita
Local: Museu Belas Artes de São Paulo – Sede Núcleo de Design
            Rua José Antonio Coelho, 879- Vila Mariana 



Sobre o fotógrafo 

Peter Caton (1976) cresceu junto a crianças órfãs em Scarborough, norte da Inglaterra, onde seus pais cuidaram de um grande orfanato. Sob a influência dos pais, Peter conscientizou-se dos problemas sociais, resultando na decisão de sua carreira profissional. Desde 1998, após sua graduação em Fotografia em Middlesborough, Peter tem se dedicado à documentação trabalhos relacionados a causas humanitárias e socioambientais.

A designer brasileira Cristiane Aoki (1976), é formada pelo Centro Universitário Belas Artes de SP e especializada em fotografia. Cristiane tem um mestrado em Mídia Digital da Goldsmiths College, da Universidade de Londres. Atualmente é professora nos cursos bacharelados de Fotografia e Design Gráfico no Centro Universitário Senac- São Paulo. Começou a trabalhar com Caton em 2005, em Edição Digital e Pós-produção. Em 2006, ela arrumou uma mochila e se juntou aos trabalhos em campo do fotógrafo como designer, diretora de arte e escritora. 


Sobre o muBA

O muBA – Museu Belas Artes de São Paulo está localizado na Vila Mariana, em uma região repleta de instituições de ensino, como o Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e grandes museus e instituições de arte. A apenas 5 minutos do metrô Vila Mariana, tem infraestrutura adequada para receber grandes exposições, sempre abertas ao público. Tanto o muBA quanto o Centro universitário Belas Artes de São Paulo têm a mesma entidade mantenedora, a FEBASP Associação Civil.

O objetivo do museu é documentar o desenvolvimento das Artes, da Comunicação, da Arquitetura e do Design por meio da organização de mostras voltadas à arte contemporânea e de caráter histórico e às atividades culturais, bem como viabilizar o contato do público com a arte ,além de organizar, conservar e expor a memória da instituição.

Concebido também como um museu universitário, o muBA encontra na pesquisa um de seus grandes compromissos,  envolvendo alunos, professores e pesquisadores e se reafirma como difusor de produção cultural, acadêmica e científica.



Sobre o Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

O Centro Universitário Belas Artes de São Paulo completou 86 anos de existência em 2011, e oferece formação inovadora e pioneira aos seus alunos. Por isso, é a escola ideal para jovens que valorizam a criatividade e a liberdade de expressão e buscam conhecimento com aplicação prática no mercado profissional.

Esse ambiente criativo e estimulante é proporcionado pelo caráter interdisciplinar dos cursos, a qualificação dos professores e a infraestrutura completa oferecida pela instituição. Estes são aspectos favoráveis à formação diferenciada do futuro profissional, que poderá exercer a carreira escolhida com competência e personalidade. 


1) Estou meio sem jeito para dizer-lhe isso… não me entenda a mal, mas embora o trabalho seja fotografado por Peter, é importante dizer que se trata de um projeto de nós dois. Eu sou a pesquisadora e coordenadora do projeto. Como brasileira, este trabalho nasceu do meu amor pelo Cerrado e tendo trabalhado ao lado de Peter em muitos projetos internaconais, havia o interesse de trabalharmos juntos no Brasil em uma causa que tivesse sentido no coração de ambos. Sou designer gráfico formada pela Belas Artes e comecei trabalhar com Peter em 2005 editando suas imagens e trabalhando na pós-produção. Em 2006, me juntei ao Peter no campo e também trabalhei como sua diretora de arte e pesquisadora. Este projeto é tão importante para mim que fico com 'ciúmes' se é apresentado apenas como projeto do Peter, se é que me entende… 

2) Ao invés de enfatizar 'desmatamento', preferia se enfatizasse o 'sufoco silencioso que povos tradicionais e indígenas estão sofrendo diante da expansão do agro-business sem um planejamento a longo prazo' e portanto, a vulnerabilidade da preservação ambiental e sócio-cultural.

04 novembro 2011

Samsung leva escola com internet e energia solar à África

A Samsung criou uma escola móvel movida a energia solar para comunidades da África do Sul. O primeiro modelo está em funcionamento na sede da empresa sul-coreana na cidade de Boksburg, no país africano. A iniciativa levará acesso à educação e internet.

Ao levar esta tecnologia às comunidades africanas, a empresa de produtos eletrônicos deu um passo para facilitar o acesso à educação e sustentabilidade em locais distantes.

Para funcionar, a escola precisa apenas de energia solar. A Solar Powered Internet School é totalmente autossuficiente e agrega a tecnologia renovável e acesso à internet. O CEO da Samsung Eletronics Africa, KK Park, explica que ao levar estas ferramentas para comunidades remotas a empresa contribui para que se crie um ambiente em que o processo de aprendizado será facilitado.

A construção da escola foi feita dentro de um container de aproximadamente 12 metros de comprimento. O projeto foi desenvolvido para ser resistente a possíveis adversidades climáticas. Os painéis solares são capazes de alimentar os equipamentos da escola nove horas por dia e, caso haja extrema necessidade, é possível fazer esta recarrega o dia inteiro, sem luz do sol. O modelo pode ser transportado por caminhões para qualquer local do país.


Na escola há uma lousa eletrônica de 50 polegadas, diversos notebooks, netbooks e tablets da Samsung, conexão Wi-Fi, internet 3G e o ambiente ainda possui refrigeração. Entretanto, o número de beneficiados é restrito, ela atende somente a 21 alunos. "O total de energia gerada diariamente pelas escolas pode torná-las escolas comuns na parte da manhã, um centro de educação para adultos na parte da tarde e, nos finais de semana, um centro comunitário", afirma Park. Com informações do Terra.

FONTE: CicloVivo

Imazon lança O Estado da Amazônia de número 21

O governo do estado do Pará lançou o Programa Municípios Verdes (PMV) com o objetivo de dinamizar a economia local em bases sustentáveis e reduzir o desmatamento. Neste O Estado da Amazônia propomos quatro classes de prioridades para a implementação do PMV: A primeira refere-se aos municípios já inseridos na lista do MMA. A segunda é composta por municípios que apresentam risco de serem inseridos em uma nova versão da lista do MMA. Na terceira, encontram-se os municípios que possuem mais de 60% de sua floresta sem sinais de desmatamento e com potencial para manejo florestal e pagamento por serviços ambientais (PSA). A última classe é representada pelos municípios que possuem menos de 60% de floresta remanescente, e consequente potencial para reflorestamento e recomposição florestal.

03 novembro 2011

SP ganha ponto de ônibus sustentável

A partir de hoje a cidade de São Paulo conta com um ponto de ônibus ecológico e interativo. Trata-se de um “laboratório” montado na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação que, em fase de teste, ficará no local por trinta dias.

Chamado de e-ponto, o sistema terá um climatizador para ajudar a limpar o ar e umidificar o ambiente, diminuindo o desconforto no local. Já a iluminação inteligente será ativada apenas quando for detectada a presença de pessoas no ponto de ônibus. Um painel interativo, com tela sensível ao toque, facilitará a consulta das linhas de ônibus, e a lixeira emitirá som de aplausos quando alguém jogar o lixo no lugar correto.

O ponto também disponibilizará conexão Wi-Fi, mas por enquanto só permitirá o acesso à informações do próprio ponto de ônibus ou informações autorizadas pela prefeitura. Posteriormente, a empresa SPTrans pretende liberar as consultas a outros sites.

O novo modelo prevê que o ponto, recheado de tecnologia, funcione de forma independente da rede de energia da Eletropaulo. Além de painéis solares, um dispositivo no asfalto captará a energia do movimento dos veículos que passarem pela avenida e a transformará em energia utilizável para seus equipamentos, em especial na iluminação noturna do ponto.

A proposta começará na rua da Consolação, mas, após o período de teste, os equipamentos farão rodízio em outras regiões da cidade. No primeiro alvo da experiência, existem câmeras para combater vandalismo. “É um laboratório. Vamos abrir para qualquer interessado em testar inovações”, afirma Douglas Roman, da Superintendência de Tecnologia e Informação da SPTrans.

A Tetis Engenharia e Tecnologia, empresa responsável pelos serviços de tecnologia do projeto, participou do 18º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, realizado pela ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), no Rio de Janeiro, e sugeriu à SPTrans testar um modelo experimental de ponto de ônibus sustentável e interativo, sem ônus à prefeitura nem publicidade no local.

Instituto Ideal lança vídeo educativo sobre eletricidade solar

Com o intuito de esclarecer sobre o funcionamento e benefícios da geração de energia fotovoltaica, o Instituto Ideal lança o vídeo em animação "Tire suas dúvidas sobre a eletricidade solar".

Uma pesquisa de mercado realizada pelo Instituto Ideal no final de 2010 mostrou que, apesar da grande aceitabilidade da energia solar entre as pessoas engajadas ambientalmente, ainda há muita desinformação e confusão sobre o tema. Isto se deve, em parte, pela falta de familiaridade com esta fonte energética, já que são poucos os sistemas instalados no país.
No Brasil, somente agora os primeiros projetos de maior porte começam a ser implementados, o que deve levar a um maior interesse da população pela geração solar. Exemplos são a usina no estádio de Pituaçu, em Salvador, e o projeto Megawatt Solar da Eletrosul, em Florianópolis. Além disso, a ANEEL colocou recentemente em audiência pública uma nova regulação para geração distribuída de energia que prevê a criação de um Sistema de Compensação de Energia.

Este sistema de incentivo, internacionalmente conhecido como net metering, permitirá às pessoas instalarem pequenas usinas fotovoltaicas em sua residência e ganharem créditos em kWh na conta de luz referente a energia que injetarem na rede.

"Globalmente, entre as fontes renováveis de energia, a geração fotovoltaica é a que mais cresce no mundo. Por isso, o Instituto Ideal avalia como fundamental investir em educação sobre o tema para que esta tendência internacional seja também seguida pelo Brasil, com o correto entendimento da população sobre a mesma", afirma o presidente do Instituto Ideal, Mauro Passos.

Junto ao vídeo, o Instituto Ideal se prepara para lançar também uma cartilha educativa, com versões em português e espanhol.


A designer catarinense Carol Rivello foi responsável pelas ilustrações e animação e o áudio foi produzido pela empresa gaúcha Technologica. O vídeo foi desenvolvido com o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento, GIZ e KfW no Brasil.

O Imazon divulga os dados de desmatamento

Em setembro de 2011, o SAD detectou 170 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal. Esse valor foi equivalente ao desmatamento detectado em setembro de 2010. Desse total, 46% ocorreram no Pará, seguido por Rondônia (24%),  Mato Grosso (17%), Amazonas (9%), e o restante no Acre, Roraima e Tocantins.  Por sua vez, os municípios que mais sofreram com o desmatamento foram Altamira (PA) e Porto Velho (RO).

O desmatamento acumulado no período de agosto de 2011 a setembro de 2011, correspondendo aos dois primeiros meses do calendário atual de desmatamento, totalizou 410 quilômetros quadrados. Houve um ligeiro aumento de 8% em relação ao ano anterior (agosto de 2010  a setembro de 2010) quando o desmatamento somou 380 quilômetros quadrados.

As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 658 quilômetros quadrados em setembro de 2011. Em relação a setembro de 2010 houve um aumento de 33% quando a degradação florestal somou 496 quilômetros quadrados. A grande maioria (79%) ocorreu no Mato Grosso, seguido de longe pelo Pará (15%), Rondônia (5%), e o restante no Amazonas e Acre.

A degradação florestal acumulada no período de agosto de 2011 a setembro de 2011 totalizou 789 quilômetros quadrados. Em relação ao período anterior (agosto de 2010 a setembro de 2010) houve redução de 61% quando a degradação florestal somou 2.040 quilômetros quadrados.

Em setembro de 2011, o desmatamento detectado pelo SAD comprometeu 10,6 milhões de toneladas de CO2 equivalente o que representa um aumento de 10,5% em relação a setembro de 2010.  No acumulado do período (agosto 2011 - setembro 2011) as emissões de C02 equivalentes comprometidas com o desmatamento totalizaram  24 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 10% em relação ao período anterior (agosto de 2010 a setembro de 2010).

Em setembro de 2011, a cobertura de nuvens foi reduzida e com isso foi possível monitorar 74% da Amazônia Legal.

01 novembro 2011

Projeto prevê disponibilização de 600 bikes no Rio de Janeiro

A Prefeitura do Rio, em conjunto com a empresa concessionária Serttel e em parceria com o Banco Itaú, iniciou na última sexta-feira (28), o programa Bike Rio. Até 13 de dezembro serão instaladas 60 estações de aluguel de bicicleta em 14 bairros da cidade. Para marcar o início do programa, foram entregues 11 estações em Copacabana: Posto Seis, Sá Ferreira, Miguel Lemos, Cantagalo, Santa Clara, Dias da Rocha, Serzedelo Correia, Siqueira Campos, Copacabana Palace, Cardeal Arcoverde e Princesa Isabel.

O projeto foi idealizado pelo apresentador Luciano Huck, que participou de seu lançamento ao lado do prefeito da cidade, Eduardo Paes. Ele contou que a ideia surgiu no ano passado, após uma viagem para a Europa. "Quando retornei, liguei para o prefeito e falei: 'temos que fazer um projeto igual a esse aqui no Rio'. Como tenho uma relação com o pessoal do Itaú, liguei para eles falando sobre o projeto. Moro nessa cidade há 11 anos, e tenho visto in loco que de fato a bicicleta é um meio de transporte."

Para Angelo Leite, presidente da Serttel, valorizar a bicicleta como meio de transporte sustentável é o principal objetivo do projeto Bike Rio, contribuindo para a redução dos engarrafamentos nas áreas centrais das cidades e para a integração com outros meios de transporte. "Vale destacar também que a bicicleta foi eleita pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o transporte ecologicamente mais sustentável do planeta e o seu uso no dia a dia colabora para a diminuição da poluição nos grandes centros urbanos”, afirma.

A partir de dezembro, 600 bicicletas estarão disponíveis em pontos estratégicos nos bairros de Botafogo, Catete, Centro, Copacabana, Cosme Velho, Flamengo, Gávea, Humaitá, Ipanema, Jardim Botânico, Lagoa, Laranjeiras, Leblon e Urca. Alimentadas por energia solar, as estações e as bikes estarão à disposição dos usuários todos os dias da semana, das 6h às 22h. Para usar o sistema compartilhado, é preciso se cadastrar no site e adquirir o passe Samba, podendo optar pela mensalidade de R$10,00 ou pela diária de R$5,00, sem a necessidade de pagar qualquer valor adicional. Também é necessário se atentar às seguintes regras: a bicicleta pode ser usada por 60 minutos ininterruptos e quantas vezes por dia o usuário desejar desde que, após os 60 minutos, estacione a bicicleta em qualquer uma das 60 estações por um intervalo de 15 minutos.

As estações são interligadas por sistema de comunicação sem fio, via rede GSM e 3G, permitindo que estejam conectadas com a Central de Controle Samba 24 horas por dia, a fim de monitorar em tempo real toda a operação do sistema, garantindo a melhor distribuição das bicicletas nas estações. Além disso, haverá atendimento aos usuários via celular e call center, sendo que para destravar as bikes, deverão realizar uma ligação do telefone celular ou interação pelo aplicativo para smartphones.

O projeto também contará com oficina de manutenção para montagem e recuperação dos equipamentos e veículos especiais para distribuição das bicicletas, que são desenvolvidas pela Samba Transportes Sustentáveis e tem fabricação 100% nacional. As bikes pesam em torno de 15 quilos, possuem quadro em alumínio com design diferenciado, três e seis marchas, selins com altura regulável, guidão emborrachado, acessórios de sinalização, sistema de identificação e trava eletrônica.

O projeto Bike Rio faz parte do objetivo estratégico da prefeitura de incentivar o uso da bicicleta como transporte alternativo e foi idealizado para que os usuários possam percorrer trajetos utilizando a bicicleta no percurso completo ou integrando com outros meios de transporte. Atualmente o Rio de Janeiro tem 150 quilômetros de ciclovia, mas a intenção da prefeitura é chegar a 300 quilômetros até o final de 2012.

Informações no site www.movesamba.com.br

31 outubro 2011

Novo Maracanã já nasce velho

André Trigueiro*
 
O projeto do novo Maracanã confirma a exclusão de um item absolutamente importante para que qualquer projeto de engenharia do gênero possa ser chamado de “moderno e sustentável”. Apesar do variado cardápio de estádios de futebol espalhados pelo mundo com aproveitamento energético do sol, a caríssima obra de reconstrução do Maracanã – quase 1 bilhão de reais – ignorou essa possibilidade.

Estranho que isso tenha acontecido num país onde o sol brilha em média 280 dias por ano. Ainda mais estranho que isso tenha acontecido na cidade que sediou a Rio-92, que vai sediar a Rio+20, e que está situada na mesma faixa de exposição solar que Sidney, na Austrália, que se notabilizou por realizar os primeiros Jogos Verdes da História, inteiramente abastecidos de energia solar.

Cobri como jornalista os Jogos de Sidney em 2000 e lembro-me das imensas estruturas com placas fotovoltaicas que captavam energia solar para iluminar as competições no estádio olímpico, no Superdome e em todas as instalações esportivas. A Vila Olímpica com 665 casas se transformou no maior bairro dotado de energia solar do planeta. O porta-voz do Comitê Olímpico Internacional, o australiano Michael Bland, justificou assim os investimentos em energia solar: “Queremos fazer com que a energia solar se torne popular em todos os países. É ridículo que, na Austrália, todas as casas não usem um captador de energia solar. Temos os telhados, temos o sol, e os desperdiçamos. É um jeito estúpido de levar a vida”.

Que estupidez a nossa desperdiçar a imensa área das marquises do novo Maracanã – quase 29 mil metros quadrados – que poderiam abrigar um vistoso conjunto de placas fotovoltaicas capazes de gerar energia elétrica para até 3.000 domicílios. O custo varia de dez a vinte milhões de reais, dependendo da tecnologia empregada. Alguém poderá dizer: “É caro demais! Não vale a pena”. Mas será que a forma usual de comprar energia está valendo a pena?

Vivemos num país onde, segundo o IBGE, a tarifa de energia elétrica subiu mais do que o dobro da inflação oficial nos últimos 15 anos. A opção pelo solar – embora mais cara – oferece como vantagem a amortização do investimento em alguns poucos anos.

Alguém poderá dizer que a nova marquise – mais leve – poderia não suportar as tradicionais placas fotovoltaicas. Pois que se pensasse numa estrutura compatível. O que está em jogo é a possibilidade de tornar o estádio útil mesmo em dias que não aconteçam partidas de futebol. O Maracanã poderia ser uma usina de energia – ainda que com potência modesta – que além do benefício direto de gerar eletricidade, funcionaria também como elemento indutor de mais pesquisas e investimentos em energia solar no Brasil.

E quem disse que o custo de instalação de um projeto como esse só seria possível com recursos públicos? Se houvesse vontade política para promover inovação tecnológica no setor energético usando o novo Maracanã como garoto-propaganda, seria perfeitamente possível sondar o interesse de grandes empresas com know-how em energia solar que aceitassem instalar os equipamentos fotovoltaicos a custo zero, sem ônus para o governo. E o que essa empresa ganharia em troca? O direito de explorar a imagem do Maracanã como “estádio solar” graças à tecnologia oferecida pela empresa.

Alguém duvida que a imagem aérea do estádio tanto na Copa de 2014 quanto nas Olimpíadas de 2016 alcançará bilhões de telespectadores pelo mundo? É mídia espontânea, super-exposição positiva de imagem, e tudo aquilo que um bom negociador não levaria mais do que alguns minutos para convencer o investidor a botar a mão no bolso e bancar a ideia.

Com recursos públicos ou privados, o certo era fazer. Não basta instalar alguns coletores solares para aquecer a água do banho usadas pelos atletas nos vestiários. É pouco. Se os responsáveis pelo projeto do Maracanã marcaram um gol contra desprezando o sol, os estádios de Pituaçu, em Salvador, e Mineirão, em Belo Horizonte, terão a energia solar como aliada para a produção de energia elétrica. Acorda Rio! Maracanã sem energia solar é como o Rio sem praia. Infelizmente os cariocas continuarão usando o sol apenas para se bronzear.Símbolo da sustentabilidade por suas belezas naturais e por sediar grande conferências ambientais da ONU, o Rio de Janeiro continua com um Maracanã aquém do que merece.

*Este artigo foi publicado no jornal O Globo, 27/10/11
http://www.mundosustentavel.com.br/2011/10/novo-maracana-ja-nasce-velho/

27 outubro 2011

Mundo precisa reduzir 8,5% das emissões de CO2 até 2020, aponta estudo

Mundo precisa reduzir 8,5% das emissões de CO2 até 2020, aponta estudo
Ainda há tempo para manter o aumento da temperatura mundial abaixo do limite de 2°C adotado pela comunidade internacional, mas desde que o nível de emissões de gases causadores do efeito estufa diminua para 44 gigatoneladas de CO2 equivalente até 2020, em relação as 48 gigatoneladas emitidas em 2010 (redução de 8,5%).

A conclusão consta no estudo Emission pathways consistent with a 2 °C global temperature limit, desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Ciência Atmosférica e Climática de Zurique e da Universidade de Melbourne. O trabalho analisou dois cenários de emissões de dióxido de carbono (CO2), nos quais foi constatada a necessidade da redução de emissões já mencionada para que a temperatura mundial deixe de superar o limite de 2ºC, o que evitaria mais escassez de recursos naturais, insegurança alimentar e migrações forçadas, por exemplo.

De acordo com o estudo, caso a redução de 8,5% das emissões fosse alcançada, a probabilidade da temperatura se manter abaixo do aumento de dois graus seria maior do que 66%. O trabalho pondera, entretanto, que manter o clima em um nível aceitável depende dos países, no que diz respeito ao cumprimento de metas de cortes dos gases.

O estudo alerta que os governos dos países demonstram um esforço insuficiente nesse sentido, uma vez que as emissões de CO2 aumentaram na última década. Os cientistas enfatizam que sem um compromisso firme para colocar em prática ações de mitigação das mudanças climáticas há um grande risco de que a temperatura mundial ultrapasse a média de 2ºC nas próximas décadas, o que resultaria em consequências devastadoras.

Entre o final de novembro e o início de dezembro, será realizada a 17ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima (COP-17), em Durban (África do Sul). Durante a cúpula, os representantes dos países deverão discutir a possibilidade de elaboração de uma nova fase do Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. No entanto, o que foi negociado até o momento indica que a chance de um acordo nesse sentido é pequena, uma vez que os governos das nações que mais poluem o mundo (China e EUA) se recusam a aderir a um novo tratado.

FONTE: EcoD

24 outubro 2011

Apenas 20% dos esgotos são tratados adequadamente no país

De acordo com estudo encomendado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, o Brasil apresenta lentidão nas melhorias dos seus indicadores sociais, principalmente no que se refere a saneamento e aproveitamento de recursos hídricos.

A pesquisa, que resultou no Atlas Soci-Água 2011, foi realizada pelo IVIG, (Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais) e pela Coppe/UFRJ (Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro), em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas).

O estudo reúne um extenso levantamento sobre o aproveitamento hídrico no Brasil e das necessidades de buscar soluções diferenciadas para as periferias e zonas rurais, onde a situação é crítica. Os dados revelam que Brasília tem o melhor sistema de abastecimento e tratamento de água entre as capitais do país e que a rede de distribuição de água canalizada atinge 82% da população brasileira, sendo que deste tanto mais de 90% está na região Sudeste.

Além disso, a pesquisa constata que os índices de coleta de esgoto melhoraram bastante nos últimos anos e hoje atinge mais de 60% da população, embora apenas 20% do que é recolhido sejam tratados adequadamente.

Outro dado importante mostra que atualmente existem cerca de quatro milhões de áreas irrigadas no Brasil, o que representa menos de 3% da área plantada e que é baixo se comparado à média mundial que chega a 20%, estando as maiores áreas irrigadas na Índia, China, Estados Unidos e Paquistão.

O Atlas se trata de uma versão atualizada do banco de dados sobre saneamento e saúde, irrigação para a produção de alimentos e a produção de energia em usinas hidrelétricas no país. Sua primeira edição foi lançada em 2009 como resultado de três anos de pesquisa, que cruzou dados a respeito dos temas abordados com informações sobre educação, trabalho e rendimento, domicílios, famílias e outros aspectos demográficos.

20 outubro 2011

Carbon Disclosure Project: impactos das empresas brasileiras no clima

Por Efraim Neto, da Envolverde

O CDP (Carbon Disclosure Project) apresentou no EIMA 8 os principais resultados do relatório nacional sobre o impacto das empresas no clima em 2011 e chamou atenção para que as empresas desenvolvam sua governança climática. Entre as constatações do documento, está o aumento da competitividade climática nas empresas brasileiras.

De acordo com o relatório, a gestão de emissões de gases de efeito estufa desempenha um papel cada vez mais estratégico nas companhias nacionais e, atualmente, cerca de 85% das empresas afirmam possuir, pelo menos, um membro do seu board responsável pelo tema mudanças climáticas – contra 67%, em 2010.

“O relatório tem como objetivo discutir os impactos climáticos causados pelas empresas e apresentar as melhores práticas corporativas criadas com a intenção de diminuir tais efeitos”, afirmou Giovanni Barontini, presidente-executivo do CDP América do Sul.

Em 2011, 80 companhias brasileiras foram convidadas a reportar suas emissões e políticas de combate às mudanças climáticas. As empresas indicaram que ainda estão trabalhando o tema e que não se sentem aptas a responder adequadamente ao questionário.

Para Sonia Favaretto, diretora de Sustentabilidade da BM&FBovespa, esse relatório é uma tendência, sendo possível perceber seus reflexos no mercado e nas ações de governança corporativa. “A migração para este novo modelo já demonstra impacto valorativo nas ações das empresas”, assinala.

O projeto tem ampliado a cada ano, já que interessa a esses investidores conhecer o impacto ambiental provocado pelas empresas que recebem seus capitais e decidir onde alocar seus recursos.

A versão brasileira do CDP 2011 contou com a participação de 57 corporações, localizadas em território nacional, superando mais uma vez o número de signatárias. Com o apoio da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp) e do Banco Santander, o CDP analisou as iniciativas dessas empresas voltadas ao gerenciamento de carbono. Pela primeira vez, o relatório contou com a adesão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), administrando R$ 549 bilhões de ativos.

Fonte: Envolverde

13 outubro 2011

Metrô recebe mostra fotográfica sobre mudanças climáticas e desastres naturais

Produzida pela Defesa Civil, exposição ficará aberta ao público de 13 a 21 de outubro

A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil abrirá nesta quinta-feira, 13, às 14h30, a exposição fotográfica "Mudanças Climáticas e Desastres Naturais no Cotidiano" na Estação Itaquera do Metrô, na capital.

A exposição, que ficará disponível ao público de 13 a 21 de outubro, das 8h às 20h, ocorre em função da VII Semana Nacional de Redução de Desastres e da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

Serão expostas 22 fotos sobre situações de riscos e desastres no Estado de São Paulo, com o objetivo de aumentar a consciência da percepção de risco daqueles que habitam ambientes suscetíveis a tragédias anunciadas.

O material de divulgação foi elaborado pelo Grupo de Trabalho de Comunicação e Percepção de Riscos do Comitê para Estudos das Ameaças Naturais e Tecnológicas de São Paulo (Ceantec), do qual fazem parte Defesa Civil, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Instituto Geológico (IG), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e Revista Com Ciência Ambiental.

Iniciativa marca Mês do Consumo Sustentável

Outubro foi escolhido pelo Ministério do Meio Ambiente como o Mês do Consumo Sustentável, uma oportunidade para que a população se conscientize da importância de dar destinação adequada ao lixo.

Em Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, de 12 a 26 de outubro, o consumidor poderá deixar seus produtos eletrônicos que não funcionam mais em estações de metrô. O material será reaproveitado ou descartado de forma correta, sem danos para o meio ambiente.

A ação é uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente, as Companhias do Metropolitano (Metrô) de São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, a concessionária MetrôRio, o Carrefour, a Phillips do Brasil, a Oxil, empresa que atua no mercado de reciclados desde 1988, e a Descarte Certo. A expectativa é recolher pelo menos 50 toneladas de lixo eletrônico.

O posto de coleta em São Paulo estará funcionando na estação do Tucuruvi, na Linha 1 Azul. No Rio, na Carioca, no centro; em Belo
Horizonte, na Eldorado; e, em Brasília, o consumidor poderá deixar seus produtos eletrônicos na estação Galeria.

06 outubro 2011

Estudo revela que planeta está longe de mitigar mudança do clima

Alerta foi divulgado nesta quarta-feira (5), durante conferência da ONU no Panamá. No estudo, Brasil terá emissões maiores do que as projetadas pelo governo.

O mundo ainda está longe de alcançar as metas de redução dos impactos das mudanças climáticas estabelecidas pelas Nações Unidas, e deve se preparar para desastres maiores se o atual cenário não for modificado, alertou um estudo divulgado por organizações ambientais nesta quarta-feira (5) que ressaltou o aumento das emissões de gases de efeito estufa do Brasil.

Durante as negociações da ONU realizadas na Cidade do Panamá, preparatórias para a Cúpula Climática da ONU em Durban, na África do Sul, no fim do ano, o mecanismo criado pelas ongs denominado “Rastreador de Ação Climática”, que pretende fazer um acompanhamento dos esforços dos países para reduzir as emissões de gases-estufa, detectou um abismo entre as metas estabelecidas pelos governos e seus resultados.

Em 2009, na Cúpula do Clima da ONU em Copenhague, os países concordaram no último minuto em limitar a elevação da temperatura do planeta a dois graus Celsius com relação aos níveis do período pré-industrial, meta considerada tímida demais para os ambientalistas.

Alta nas emissões brasileiras – O rastreador calculou que o Brasil terá emissões “significativamente maiores” ao previamente projetado. Em Copenhague, o país prometeu uma redução entre 36% e 39% das emissões em comparação com o cenário “business as usual” (com parâmetros inalterados).

No entanto, dados recentes do país indicam que as emissões de dióxido de carbono aumentaram, sobretudo devido ao avanço do desmatamento, destacou o estudo. Segundo números divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente na última segunda-feira (3), a Amazônia perdeu 7.000 km² de floresta em 2010.

Na China, nação que detém o título de maior emissor de dióxido de carbono, as emissões deste gás considerado o responsável pelo aumento da temperatura no planeta estão crescendo mais rápido do que se pensava. Segundo o estudo, se os níveis atuais forem mantidos, em 2020 as emissões de gases estufa estarão na casa dos 54 milhões de toneladas de dióxido de carbono, o equivalente a entre 10 e 14 milhões de toneladas a mais do que a meta fixada.

O planeta está “muito, muito longe” de alcançar o objetivo de dois graus, alertou Bill Hare, um dos principais autores de um relatório científico das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, elaborado em 2007, e diretor do grupo de pesquisas Climate Analytics, sediado em Postdam, na Alemanha. “Caminhamos para um aquecimento de mais de três graus, a menos que haja avanços importantes”, disse Hare, assessor do grupo ambientalista Greenpeace.

Danos severos ao planeta – Até mesmo um aumento de dois graus na temperatura global seria problemático, pois o mundo ficaria exposto a incêndios muito mais frequentes e à elevação do nível do mar, destacou. “Os níveis de aquecimento rumo aos quais estamos avançando podem chegar a provocar facilmente severos danos a ecossistemas vulneráveis de um extremo a outro do planeta”, acrescentou.

“A produção e a disponibilidade de alimentos ficariam ameaçadas, particularmente na África, se as práticas agrícolas atuais mudassem rapidamente”, explicou.

A China, que superou os Estados Unidos como o principal emissor global, resiste a assinar um tratado internacional vinculante, mas se comprometeu em reduzir entre 40% e 45% a quantidade de carbono produzida por cada ponto do PIB até o final de 2020.

O Rastreador de Ação Climática admitiu que o país está tomando medidas para economizar energia e trocar sua matriz energética com vistas ao uso maior de fontes renováveis, como a eólica. “Isto é muito positivo”, disse Niklas Hoehne, diretor de política energética e climática da consultoria Ecofys.

Ele reforçou, no entanto, que as emissões chinesas são superiores ao previsto inicialmente em razão do “rápido crescimento econômico” do país.

Políticas contra emissões – Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama se comprometeu a reduzir as emissões em 17% com relação aos níveis de 2005, mas enfrenta uma forte oposição dos republicanos.

Muitos deles questionam as evidências científicas das mudanças climáticas e afirmam que importantes reduções no uso de petróleo e outros combustíveis fósseis representariam uma nova carga para a já atribulada economia americana.

As negociações no Panamá, iniciadas no sábado passado (1) e que se estendem até a próxima sexta-feira (7), visam a tirar do ponto morto em que se encontram alguns aspectos chave da próxima conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

O maior entrave está no futuro do Protocolo de Kyoto, que exige dos países desenvolvidos que reduzam suas emissões de dióxido de carbono. As obrigações impostas por este tratado terminam em 2012 e ainda não há um pacto para renová-las.

Os participantes não esperam o anúncio de algum acordo, mas sim estabelecer as bases para a conferência de Durban, que começará em 28 de novembro e é vista como a última oportunidade de se tomar uma decisão com relação ao período pós-Kyoto.

05 outubro 2011

Encontro climático no Panamá busca consenso antes da COP 17

Entre 1 e 7 de outubro, o Panamá será a sede de um encontro da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC, em inglês), despertando muitas expectativas no caminho para a conferência das partes em Durban no final de novembro.

Oficialmente o encontro é conhecido como a terceira parte da 16º sessão do Grupo de Trabalho Ad Hoc sobre Compromissos Futuros das Partes do Anexo I do Protocolo de Quioto (AWG-KP 16, em inglês) e terceira parte da 14º sessão do Grupo de Trabalho Ad Hoc sobre Ação Cooperativa de Longo Prazo sob a Convenção (AWG-LCA 14).

A secretária executiva da ONU sobre Mudanças Climáticas, Christiana Figueres, reafirmou que a reunião do Panamá é a última oportunidade dos 193 países membros para conseguir um consenso sobre a redução das emissões antes de Durban.

Figueres garantiu que os representantes dos governos chegaram ao Panamá comprometidos e interessados em avançar nos pontos centrais, como o esboço do Fundo Verde do Clima, o Comitê Executivo de Tecnologia e de Adaptação, e o Sistema de Monitoramento, Reporte e Verificação.

“A África do Sul participará de uma seção informal no Panamá para contribuir ainda mais para um resultado equilibrado e credível em Durban”, declarou o Departamento de Relações Internacionais e Cooperação do país no domingo.

A União Européia fez um apelo no domingo para que todas as nações deixem claro como pretendem lidar com as mudanças do clima, alegando que o mundo precisa de um roteiro das ações futuras ainda este ano mesmo se um tratado internacional estiver fora de alcance.

“O que precisamos produzir em Durban é um roteiro para o enquadramento jurídico global”, comentou o negociador-chefe da União Européia Artur Runge-Metzger completando que o bloco é responsável por apenas 11% das emissões globais de gases do efeito estufa.

A 17º Conferência das Partes (COP 17) da UNFCCC e 7º COP das partes do Protocolo de Quioto serão realizadas em Durban, África do Sul, entre 28 de novembro e 9 de dezembro 2011.

FONTE: Instituto CarbonoBrasil/Agências internacionais

30 setembro 2011

CDKN Innovation Fund está com inscrições abertas

Prazo para candidaturas ao Fundo é 28 de outubro de 2011 

Criado para promover o pensamento inovador e financiar ações de combate às mudanças climáticas, o Fundo de Inovação CDKN está com as inscrições abertas para os projetos que serão executados em 2012.  Com o intuito de catalisar uma gama de diferentes tipos de projetos, escalas de operação e de diferentes estágios de desenvolvimento, o Fundo conta com uma seleção gradual que permite aos candidatos solicitar apoio para os mais diversos ciclos da inovação.

O Fundo está dividido em duas etapas. Primeiro estágio: fornece suporte para organizações e fomenta parcerias para concepção e desenvolvimento de projetos inovadores relacionados às mudanças climáticas. Será apoiado através de um processo de inovação e os resultados deste processo incluirá uma proposta de projeto. Segundo estágio: tem como foco projetos de pesquisa inovadores e fornece financiamento para organizações implementarem pesquisas apresentadas no primeiro estágio, além de propostas “fast-track” (mais rápidas) de pesquisa que não necessitam do suporte oferecido no estágio anterior.

Os candidatos podem se inscrever para o primeiro estágio ou segundo estágio. O orçamento total desta rodada de financiamento é de cerca de 1,1 milhão de libras e as inscrições devem atender os seguintes temas:

- Estratégias e planos de desenvolvimento de combate às mudanças climáticas
- Melhorar o acesso dos países em desenvolvimento ao financiamento climático
-Reforço da resiliência através do gerenciamento do risco de desastres relacionados ao clima 

A primeira rodada de aplicações terá início em 23 de setembro de 2011 e se encerra em 28 de outubro. Futuras rodadas de financiamentos serão anunciadas no site CDKN.

Para mais informações, incluindo documentos de orientação e detalhes sobre os processos de aplicação e critérios de elegibilidade, visite o site CDKN ou entre em contato com a equipe do Innovation Fund - innovationfund@cdkn.org.