24 outubro 2011

Apenas 20% dos esgotos são tratados adequadamente no país

De acordo com estudo encomendado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, o Brasil apresenta lentidão nas melhorias dos seus indicadores sociais, principalmente no que se refere a saneamento e aproveitamento de recursos hídricos.

A pesquisa, que resultou no Atlas Soci-Água 2011, foi realizada pelo IVIG, (Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais) e pela Coppe/UFRJ (Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro), em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas).

O estudo reúne um extenso levantamento sobre o aproveitamento hídrico no Brasil e das necessidades de buscar soluções diferenciadas para as periferias e zonas rurais, onde a situação é crítica. Os dados revelam que Brasília tem o melhor sistema de abastecimento e tratamento de água entre as capitais do país e que a rede de distribuição de água canalizada atinge 82% da população brasileira, sendo que deste tanto mais de 90% está na região Sudeste.

Além disso, a pesquisa constata que os índices de coleta de esgoto melhoraram bastante nos últimos anos e hoje atinge mais de 60% da população, embora apenas 20% do que é recolhido sejam tratados adequadamente.

Outro dado importante mostra que atualmente existem cerca de quatro milhões de áreas irrigadas no Brasil, o que representa menos de 3% da área plantada e que é baixo se comparado à média mundial que chega a 20%, estando as maiores áreas irrigadas na Índia, China, Estados Unidos e Paquistão.

O Atlas se trata de uma versão atualizada do banco de dados sobre saneamento e saúde, irrigação para a produção de alimentos e a produção de energia em usinas hidrelétricas no país. Sua primeira edição foi lançada em 2009 como resultado de três anos de pesquisa, que cruzou dados a respeito dos temas abordados com informações sobre educação, trabalho e rendimento, domicílios, famílias e outros aspectos demográficos.

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