16 setembro 2011

Fundação SOS Mata Atlântica distribui 120 mil mudas em pedágios de São Paulo

Ação, que será realizada em 24 de setembro (sábado), comemora o Dia da Árvore (21) com distribuição de mudas de pitanga em sete rodovias do Estado; Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, terá distribuição prévia dia 21.

Para comemorar o Dia da Árvore (21/09), a Fundação SOS Mata Atlântica realizará, no próximo dia 24 de setembro, das 8h30 às 17h, mais uma edição do “Faça parte da paisagem – Plante árvores”, uma distribuição de 120 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica em sete rodovias do Estado de São Paulo. A distribuição conta com o patrocínio de Bradesco Cartões e o apoio das concessionárias CCR AutoBan, CCR NovaDutra, CCR ViaOeste, Ecopistas, Ecovias e Rodovias das Colinas, além do Conjunto Nacional.

Com o objetivo de convidar os usuários a plantar uma árvore e colaborar com o Bioma em que vivem, a iniciativa acontecerá, simultaneamente, nas rodovias Anhanguera (Km 26), Ayrton Senna (Km 32), Bandeirantes (Km 39), Castelo Branco (Km 18), Dutra (Km 165), Imigrantes (Km 32), e Santos Dumont (Km 60,8) . Os veículos que passarem por esses locais receberão mudas de pitanga, distribuídas por cerca de 230 pessoas, entre monitores, colaboradores e líderes de equipe. A distribuição ocorre apenas nos pedágios de saída da capital, sentido Litoral ou Interior.

As mudas serão entregues dentro de pequenas caixas que servem de suporte e trazem a explicação de como cultivá-las de forma correta. Os participantes receberão um folder com informações sobre algumas Unidades de Conservação da Mata Atlântica localizadas próximas às estradas, de forma a incentivar as pessoas a visitar e conhecer os parques da região. O motorista também é convidado a contar como plantará sua árvore na Conexão Mata Atlântica, rede social da ONG, que pode ser acessada em www.conexaososma.org.br.

Além dos pedágios, a distribuição será feita no térreo do Edifício Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, no dia 21 de setembro, a partir das 11h, com 3 mil mudas. E duas escolas da Fundação Bradesco (a Unidade I de Osasco e a Unidade de Campinas) integram a iniciativa com 7 mil mudas sendo distribuídas para alunos e professores.

Obs.: A distribuição ocorrerá das 8h30 às 17h, ou enquanto durarem os estoques.

FONTE: conexaososma.org.br

15 setembro 2011

Cresce demanda por empregos verdes

por Efraim Neto

O tema dos empregos verdes vem suscitando um interesse crescente no país, a exemplo do que já vem ocorrendo em diversas partes do mundo. Para o coordenador do Programa de Trabalho Decente e Empregos Verdes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Paulo Sergio Muçouçah, esse movimento deve ser visto como um elemento central do processo de criação e consolidação das empresas sustentáveis. “Essa é uma exigência da própria economia, a exigência para mitigar e adaptar às mudanças climáticas”, afirma.

Levantamento da OIT aponta que o Brasil possui mais de 2,6 milhões de empregos verdes e que a transição para uma economia com atividades que emitam menos gases do efeito estufa deve aumentar a oferta de postos de trabalho. Nesse cenário, Muçouçah destaca as áreas de eficiência energética, de gestão de resíduos sólidos, desenho industrial e da construção civil, como as mais promissoras.

“As profissões que lidarem com a biodiversidade, com a busca de maior eficiência ambiental e com inovação está em destaque. A implementação de leis, como as dos resíduos sólidos, tem ajudado nesse crescimento e abre oportunidades para outras atividades”, lembra o coordenador.

Outra área com grande potencial é a florestal. A recuperação de áreas degradas e a produção de mudas nativas, além da gestão sustentável das florestas, devem continuar se destacando nos próximos anos. Nesse sentido, um programa desenvolvido no Pará, que tem como meta o plantio de 1 bilhão de árvores, é destacado pelo coordenador. “A estimativa é criar cerca de 150 mil novos empregos, número igual ao que o setor madeireiro (legal e ilegal) do estado emprega hoje”, assinala.

No país, práticas sustentáveis são adotadas para produção de papel


por Aline Mabelini


Devido as suas práticas sustentáveis, Brasil é referência internacional entre os principais produtores mundiais de celulose e papel. O principal diferencial competitivo é que 100% da produção de celulose e papel no país vem de florestas plantadas, que são recursos renováveis. Para a obtenção de celulose são cultivadas florestas de pínus e eucalipto.


“Assim, sem utilizar madeira de matas nativas – prática ainda comum em outros países – e adotando métodos sustentáveis, as empresas de celulose e papel do Brasil tornaram-se referência mundial”, afirma Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel).




Em 2010, as empresas associadas a Bracelpa produziram 14,1 milhões de toneladas de celulose, o que significa um avanço de 5,6% em relação ao ano anterior. Por sua vez, a produção de papel aumentou 3,9%, o equivalente a 9,8 milhões de toneladas. A receita de exportação somou US$ 6,8 bilhões, incremento de 35,4% em relação a 2009, e o saldo da balança comercial foi de US$ 4,9 bilhões, 33% a mais.


De janeiro a maio deste ano, as exportações atingiram 8% acima dos US$ 2,75 bilhões do mesmo período de 2010, chegando a US$ 2,96 bilhões. O crescimento é significativo e deve persistir. Carvalhaes ressalta que, até 2020, o setor prevê investimentos em torno de US$ 20 bilhões. “O objetivo é ampliar a base florestal em 45%, que deverá saltar dos atuais 2,2 milhões de hectares de florestas plantadas para 3,2 milhões de hectares”, explicou.


As florestas plantadas pelo setor no Brasil são as mais produtivas do mundo. As plantações de eucalipto produzem uma média anual de 41m³ de madeira por hectare e as plantações de pínus, em média de 35m³ por hectare.



Segundo a presidente da associação, o que impulsionou o setor de celulose e papel do país foi a combinação de excelência no manejo florestal, sustentabilidade e alta produtividade. Com isso, o Brasil alcançou a quarta e a nona posições, respectivamente, na produção mundial de celulose e papel.


O setor de celulose e papel preserva e mantém intactas áreas de preservação permanente, reservas florestais e trechos de Mata Atlântica, num total de 2,8 milhões de hectares de matas nativas, superior ao que é exigido pela Legislação Ambiental brasileira. Atualmente há 5,5 milhões de hectares de florestas plantadas do Brasil, dos quais 1,7 milhão de hectares são destinados à produção de celulose e papel.


De acordo com a Bracelpa, as perspectivas para o setor são bastante otimistas e se baseiam na expectativa do aumento de consumo de papel e maior dinamismo econômico de mercados emergentes – China, Índia, Rússia, Leste Europeu e América Latina.


14 setembro 2011

Campanha bem-humorada pretende conscientizar cariocas

A campanha de conscientização Deixa de ser Mané!, lançada pelo movimento Rio Como Vamos, visa estimular de forma bem-humorada a adoção de atitudes cidadãs pelo bem estar da cidade. A proposta é convencer o carioca de que todos lucram quando as pessoas fazem a coisa certa e que degradar a cidade, os transportes públicos ou tentar se dar bem em cima dos outros é coisa de ‘mané’.



Desenvolvida pela DPZRio10, a campanha tem o Mané como figura principal , um sujeito azul de sorriso sarcástico e com um sorvete esparramado na cabeça, prova de que as bobagens que faz se voltam, diretas ou indiretamente, contra ele próprio.

Com apoio do MetrôRio, a campanha estreou dia 1º de setembro nos trens e estações das linhas 1 e 2 do metrô com mensagens específicas sobre comportamentos que afetam o dia a dia e o bem-estar dos demais usuários do transporte, como desrespeitar o vagão exclusivo
para mulheres e os assentos preferenciais para idosos, cuspir ou jogar chiclete no chão, não aguardar o desembarque dos passageiros para só então entrar no vagão, entre outros.

Em sua primeira etapa, a campanha apresenta mensagens em painéis dentro dos trens e estações do metrô, além de proporcionar a participação dos cariocas que podem interagir através do site www.deixadesermane.com.br, enviando flagrantes de ‘manezices’ típicas vistas na cidade.

Na segunda etapa, a campanha pretende se estender para outros tipos de mídias espalhadas nas ruas da cidade - como faixas, outdoor e busdoor - e até mesmo em faixas puxadas por aviões ou propagandas na TV.


O resultado esperado pela campanha visa incentivar nos cariocas a adoção de uma cultura cidadã em que todos são responsáveis pela construção de um Rio de Janeiro melhor para todos.


por Aline Mabelini

12 setembro 2011

Brechas científica e tecnológica são obstáculos para o desenvolvimento sustentável, apontam países da América Latina e Caribe

Para Ministros e outras autoridades que participaram da Reunião Regional Preparatória para a América Latina e o Caribe da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), de 07 a 09 de setembro, em Santiago do Chile, “alguns dos obstáculos para alcançar o desenvolvimento sustentável são a brecha científica e tecnológica, a insuficiência do financiamento e a fragmentação da implementação”.

Os delegados reconheceram avanços desde a Cúpula da Terra de 1992, mas também que há lacunas para alcançar os objetivos do desenvolvimento sustentável na região, preeminentemente nos pequenos Estados insulares do Caribe. Eles concluíram que é necessário mudar os padrões de consumo e melhorar a medição da riqueza para refletir adequadamente os pilares do desenvolvimento sustentável – economia, social e ambiente – “preservando os princípios fundamentais das responsabilidades comuns, mas diferenciadas e equitativas”.


Indicaram, ainda, a necessidade de “erradicar a pobreza extrema, obter financiamentos novos, adicionais, estáveis e previsíveis para apoiar as atividades de implementação nos países em desenvolvimento, assim como o cumprimento dos compromisssos para a mitigação e adaptação à mudança climática e a criação de resiliência aos seus impactos, e maiores níveis de cooperação Sul-Sul e a troca de experiências exitosas”.

O documento final também inclui “a implementação cabal dos direitos de acesso à informação, participação e justiça ambiental consagrados no Princípio 10 da Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento”.

Os delegados dos Estados da América Latina e do Caribe manifestaram igualmente sua firme determinação de prosseguir esforços em favor do desenvolvimento sustentável, com o propósito primordial de alcançar a equidade em nossas sociedades, tendo em conta as particularidades de cada um dos países da região. As autoridades reafirmaram o compromisso de contribuir para o êxito da Rio+20.

Acesse aqui o documento final.

Biocombustíveis: alternativa eficiente

por Aline Mabelini

Estudiosos têm afirmado que a humanidade não poderá contar com os combustíveis fósseis por muito tempo. Resultado da decomposição de organismos - quando as reservas atuais acabarem será preciso esperar milhões de anos até se formarem poços novos -, estes combustíveis causam grandes desequilíbrios ao meio ambiente por serem
extremamente poluidores.

Diante desta problemática, os biocombustíveis estão cada vez mais em alta. Fabricados a partir de produtos agrícolas como cana-de-açúcar, mamona, milho e outros, seu índice de poluição é bem menor se comparado aos combustíveis derivados de petróleo.

De acordo com especialistas, esta fonte de energia é uma alternativa relativamente eficiente e proporciona ganho ambiental para todo o planeta. Também contribui para a diminuição de diversos problemas relacionados à emissão de gases e, assim, combate o efeito estufa. Porém, para um resultado satisfatório é preciso que haja uma substituição do uso dos combustíveis fósseis pelos biocombustíveis, ação que deve ser realizada gradativamente já que, conforme estudos, até 2050 o petróleo deve acabar.

Uso na aviação

A aviação é responsável pela emissão de 2% de gás carbônico e de 3% de todos os tipos de gases de efeito estufa (GEEs) e, se nenhuma ação for tomada, deve triplicar esses números até 2050.

De acordo com Guilherme Freire, diretor de estratégias em meio ambiente e tecnologias da Embraer, a aviação emitiu 628 milhões de toneladas de gás carbônico em 2010, e as projeções indicam que as emissões chegarão a 1,4 bilhão de tonelada em 2030, dependendo do cenário de crise ou crescimento econômico.

O processo é gradativo, pois o uso de biocombustível eleva o preço do avião já que qualquer alteração

substancial em sua configuração ou em seu motor gera impactos, principalmente na questão de segurança. Assim, para evitar o aumento dos custos, é necessário obter biocombustíveis que possam ser misturados ao já utilizado e que não precisem de infraestrutura específica e diferenciada para serem utilizados, ou seja, que não requeiram mudanças no físico dos aviões.

"Apesar da elevação das emissões, a aviação evolui tecnologicamente para reduzi-las, principalmente no que se refere ao aumento da eficiência dos combustíveis", explica Freire. A meta global do setor é reduzir 50% das emissões até 2050.

Ecofrota aponta resultados em São Paulo

Desde fevereiro deste ano a capital paulista conta com a Ecofrota de 1.200 ônibus, que utiliza 20% de biodiesel. O combustível B20 é misturado como o diesel que já é utilizado e representa a redução de 22% dos poluentes.

Além disso, a cidade recebeu 50 ônibus a etanol em maio. Produzidos pela Scania, pioneira no desenvolvimento de motores a etanol, as emissões destes veículos podem chegar a 90% se comparada aos ônibus movidos a diesel.

Apesar de mais limpa, a tecnologia é também mais cara. Esses veículos custam R$ 400 mil, R$ 100 mil a mais do que os que andam com diesel e consomem mais: rodam 1 km com um litro de combustível, sendo que os ônibus a diesel fazem o dobro. A grande vantagem é que poluem menos já que emitem menos material particulado, a fumaça preta que sai do escapamento, e até 90% menos dióxido de carbono, um dos principais responsáveis pelo aquecimento global.


PNUMA e UNESCO lançam guia sobre mudanças climáticas para iniciantes

por Fernanda B. Müller, do Instituto CarbonoBrasil

A publicação visa servir como ponto de partida para atividades de educação em planos e programas sobre mudanças climáticas. Focando nos educadores, o guia pretende ajudar na compreensão da ciência climática, seus impactos observados e previstos e as possíveis respostas.

Além disso, o guia abrange os impactos sobre a sociedade, incluindo a pobreza, saúde, migração, gênero e ética, considerando também a discussão da educação sob a ótica da adaptação, mitigação, desenvolvimento sustentável e redução do risco de desastres.

Publicação: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e UNESCO, agosto de 2011. Idioma: inglês

FONTE: mercadoetico.terra.com.br