09 agosto 2011

Novos padrões de produção e consumo para a sustentabilidade

A responsabilidade de se fazer um novo caminho deve ser compartilhada

A necessidade de se criar novas maneiras de produção e consumo é um dos maiores desafios no caminho para uma sociedade mais sustentável. Este foi o tema da mesa-redonda “Novos padrões de consumo para a sustentabilidade”, no primeiro dia de Congresso Ethos 2011.

A mesa debateu principalmente sobre como será possível pavimentar esse caminho por diversas frentes diferentes. O principal debate girou em torno de quem é o protagonista dessa mudança: se o consumidor, as empresas ou o governo.

Para Samyra Crespo, secretária de articulação institucional e cidadania ambiental do Ministério do Meio Ambiente, o ideal não é esperar pela formação de políticas públicas sobre o assunto. “Só podemos mudar comportamentos de consumo pelo exemplo. Não podemos pregar algo que não fazemos. Daí a importância de refletirmos sobre antigos hábitos”, refletiu Samyra.

E para se construir novos hábitos, o consumidor deve perceber o poder transformador que tem nas mãos ao adquirir uma mercadoria, ensina Helio Mattar, presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente.

Modelos de produção

O diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos do Dieese, Clemente Ganz Lucio, por exemplo, propôs que empresas e trabalhadores se organizem de forma diferente. “Se articulando no local de trabalho e decidindo formas mais adequadas de produção, podemos transformar os trabalhadores em sujeitos políticos”, sugeriu.

Consumo excessivo

Mesmo sabendo que cada agente – sociedade civil, governo e empresas – tem o seu papel e sua relevância para tornar o consumo e a produção cada vez mais sustentáveis, “o crucial é que o consumo deixe de ser um fim em si mesmo e se torne uma ferramenta de escolha”, afirmou Tasso Azevedo, moderador da mesa e consultor de questões de clima, florestas e sustentabilidade.

Mudanças na economia

Entre as maiores mudanças percebidas na dinâmica econômica está a inclusão de parâmetros socioambientais no balancete das empresas. Como exemplo, temos o impacto do furacão Katrina no número recorde de indenizações pagas pelas seguradoras americanas. E a criação de fundos de investimentos com parâmetros verdes, que representam 1% dos investimentos, mas já apontam para a mudança nesse setor tradicional da economia do business as usual.

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(Ethos/Envolverde)

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