por Aline Mabelini
Atualmente, as áreas de preservação correspondem a apenas 5,8% das terras e 0,08% dos mares do mundo e, embora exista mais de 19 milhões de km2 de terras e 2,5 milhões de km2 de oceanos dedicados a preservar habitats e ecossistemas, essa quantidade não é suficiente para preservar a biodiversidade.
Para Peter Sale, diretor assistente do Instituto para Água, Meio Ambiente e Saúde da Universidade das Nações Unidas no Canadá, as áreas protegidas são ferramentas de conservação muito úteis, mas infelizmente a rápida taxa de perda de biodiversidade indica a necessidade de reavaliar a dependência dessa estratégia.
De acordo com os autores, não é adequado focar nas áreas protegidas como sendo a única ferramenta para a gestão da biodiversidade, uma vez que elas só podem proteger as florestas de ações diretamente humanas e a perda de biodiversidade também é causada pela poluição, pela chegada de espécies invasoras, pela decisão de usar o habitat para outros fins e por vários componentes relacionados às mudanças climáticas.
“Não estamos dizendo que não deveríamos proteger as áreas – o problema é que estamos investindo todo nosso capital humano nelas”, alerta Mora, cientista da Universidade do Havaí em Manoa.
O relatório aponta que um dos maiores agravadores do alto índice de extinção é o crescimento da população humana mundial no ultimo século, o que levou a uma demanda crescente dos recursos ecológicos do planeta e a um rápido declínio na biodiversidade. Com isso, os pesquisadores acreditam que é necessário um esforço combinado para reduzir o crescimento da população e do consumo para, assim, aumentar a ‘biocapacidade’ da Terra.
*Veja o relatório completo: http://www.int-res.com/articles/theme/m434p251.pdf
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