27 outubro 2011

Mundo precisa reduzir 8,5% das emissões de CO2 até 2020, aponta estudo

Mundo precisa reduzir 8,5% das emissões de CO2 até 2020, aponta estudo
Ainda há tempo para manter o aumento da temperatura mundial abaixo do limite de 2°C adotado pela comunidade internacional, mas desde que o nível de emissões de gases causadores do efeito estufa diminua para 44 gigatoneladas de CO2 equivalente até 2020, em relação as 48 gigatoneladas emitidas em 2010 (redução de 8,5%).

A conclusão consta no estudo Emission pathways consistent with a 2 °C global temperature limit, desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Ciência Atmosférica e Climática de Zurique e da Universidade de Melbourne. O trabalho analisou dois cenários de emissões de dióxido de carbono (CO2), nos quais foi constatada a necessidade da redução de emissões já mencionada para que a temperatura mundial deixe de superar o limite de 2ºC, o que evitaria mais escassez de recursos naturais, insegurança alimentar e migrações forçadas, por exemplo.

De acordo com o estudo, caso a redução de 8,5% das emissões fosse alcançada, a probabilidade da temperatura se manter abaixo do aumento de dois graus seria maior do que 66%. O trabalho pondera, entretanto, que manter o clima em um nível aceitável depende dos países, no que diz respeito ao cumprimento de metas de cortes dos gases.

O estudo alerta que os governos dos países demonstram um esforço insuficiente nesse sentido, uma vez que as emissões de CO2 aumentaram na última década. Os cientistas enfatizam que sem um compromisso firme para colocar em prática ações de mitigação das mudanças climáticas há um grande risco de que a temperatura mundial ultrapasse a média de 2ºC nas próximas décadas, o que resultaria em consequências devastadoras.

Entre o final de novembro e o início de dezembro, será realizada a 17ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima (COP-17), em Durban (África do Sul). Durante a cúpula, os representantes dos países deverão discutir a possibilidade de elaboração de uma nova fase do Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. No entanto, o que foi negociado até o momento indica que a chance de um acordo nesse sentido é pequena, uma vez que os governos das nações que mais poluem o mundo (China e EUA) se recusam a aderir a um novo tratado.

FONTE: EcoD

24 outubro 2011

Apenas 20% dos esgotos são tratados adequadamente no país

De acordo com estudo encomendado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, o Brasil apresenta lentidão nas melhorias dos seus indicadores sociais, principalmente no que se refere a saneamento e aproveitamento de recursos hídricos.

A pesquisa, que resultou no Atlas Soci-Água 2011, foi realizada pelo IVIG, (Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais) e pela Coppe/UFRJ (Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro), em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas).

O estudo reúne um extenso levantamento sobre o aproveitamento hídrico no Brasil e das necessidades de buscar soluções diferenciadas para as periferias e zonas rurais, onde a situação é crítica. Os dados revelam que Brasília tem o melhor sistema de abastecimento e tratamento de água entre as capitais do país e que a rede de distribuição de água canalizada atinge 82% da população brasileira, sendo que deste tanto mais de 90% está na região Sudeste.

Além disso, a pesquisa constata que os índices de coleta de esgoto melhoraram bastante nos últimos anos e hoje atinge mais de 60% da população, embora apenas 20% do que é recolhido sejam tratados adequadamente.

Outro dado importante mostra que atualmente existem cerca de quatro milhões de áreas irrigadas no Brasil, o que representa menos de 3% da área plantada e que é baixo se comparado à média mundial que chega a 20%, estando as maiores áreas irrigadas na Índia, China, Estados Unidos e Paquistão.

O Atlas se trata de uma versão atualizada do banco de dados sobre saneamento e saúde, irrigação para a produção de alimentos e a produção de energia em usinas hidrelétricas no país. Sua primeira edição foi lançada em 2009 como resultado de três anos de pesquisa, que cruzou dados a respeito dos temas abordados com informações sobre educação, trabalho e rendimento, domicílios, famílias e outros aspectos demográficos.

20 outubro 2011

Carbon Disclosure Project: impactos das empresas brasileiras no clima

Por Efraim Neto, da Envolverde

O CDP (Carbon Disclosure Project) apresentou no EIMA 8 os principais resultados do relatório nacional sobre o impacto das empresas no clima em 2011 e chamou atenção para que as empresas desenvolvam sua governança climática. Entre as constatações do documento, está o aumento da competitividade climática nas empresas brasileiras.

De acordo com o relatório, a gestão de emissões de gases de efeito estufa desempenha um papel cada vez mais estratégico nas companhias nacionais e, atualmente, cerca de 85% das empresas afirmam possuir, pelo menos, um membro do seu board responsável pelo tema mudanças climáticas – contra 67%, em 2010.

“O relatório tem como objetivo discutir os impactos climáticos causados pelas empresas e apresentar as melhores práticas corporativas criadas com a intenção de diminuir tais efeitos”, afirmou Giovanni Barontini, presidente-executivo do CDP América do Sul.

Em 2011, 80 companhias brasileiras foram convidadas a reportar suas emissões e políticas de combate às mudanças climáticas. As empresas indicaram que ainda estão trabalhando o tema e que não se sentem aptas a responder adequadamente ao questionário.

Para Sonia Favaretto, diretora de Sustentabilidade da BM&FBovespa, esse relatório é uma tendência, sendo possível perceber seus reflexos no mercado e nas ações de governança corporativa. “A migração para este novo modelo já demonstra impacto valorativo nas ações das empresas”, assinala.

O projeto tem ampliado a cada ano, já que interessa a esses investidores conhecer o impacto ambiental provocado pelas empresas que recebem seus capitais e decidir onde alocar seus recursos.

A versão brasileira do CDP 2011 contou com a participação de 57 corporações, localizadas em território nacional, superando mais uma vez o número de signatárias. Com o apoio da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp) e do Banco Santander, o CDP analisou as iniciativas dessas empresas voltadas ao gerenciamento de carbono. Pela primeira vez, o relatório contou com a adesão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), administrando R$ 549 bilhões de ativos.

Fonte: Envolverde

13 outubro 2011

Metrô recebe mostra fotográfica sobre mudanças climáticas e desastres naturais

Produzida pela Defesa Civil, exposição ficará aberta ao público de 13 a 21 de outubro

A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil abrirá nesta quinta-feira, 13, às 14h30, a exposição fotográfica "Mudanças Climáticas e Desastres Naturais no Cotidiano" na Estação Itaquera do Metrô, na capital.

A exposição, que ficará disponível ao público de 13 a 21 de outubro, das 8h às 20h, ocorre em função da VII Semana Nacional de Redução de Desastres e da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

Serão expostas 22 fotos sobre situações de riscos e desastres no Estado de São Paulo, com o objetivo de aumentar a consciência da percepção de risco daqueles que habitam ambientes suscetíveis a tragédias anunciadas.

O material de divulgação foi elaborado pelo Grupo de Trabalho de Comunicação e Percepção de Riscos do Comitê para Estudos das Ameaças Naturais e Tecnológicas de São Paulo (Ceantec), do qual fazem parte Defesa Civil, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Instituto Geológico (IG), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e Revista Com Ciência Ambiental.

Iniciativa marca Mês do Consumo Sustentável

Outubro foi escolhido pelo Ministério do Meio Ambiente como o Mês do Consumo Sustentável, uma oportunidade para que a população se conscientize da importância de dar destinação adequada ao lixo.

Em Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, de 12 a 26 de outubro, o consumidor poderá deixar seus produtos eletrônicos que não funcionam mais em estações de metrô. O material será reaproveitado ou descartado de forma correta, sem danos para o meio ambiente.

A ação é uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente, as Companhias do Metropolitano (Metrô) de São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, a concessionária MetrôRio, o Carrefour, a Phillips do Brasil, a Oxil, empresa que atua no mercado de reciclados desde 1988, e a Descarte Certo. A expectativa é recolher pelo menos 50 toneladas de lixo eletrônico.

O posto de coleta em São Paulo estará funcionando na estação do Tucuruvi, na Linha 1 Azul. No Rio, na Carioca, no centro; em Belo
Horizonte, na Eldorado; e, em Brasília, o consumidor poderá deixar seus produtos eletrônicos na estação Galeria.