No estudo Energia de biomassa: Outro direção para as aquisições de terras?, publicado no final do mês de agosto, o Instituto assinala que há um risco real que de as pessoas possam vir a perder a terra utilizada para sua subsistência, e adverte que a tendência de comercialização dessas terras deve receber maior atenção.
A madeira já é utilizada em 67% para a geração de energia renovável, biomassa, e muitos países desenvolvidos estão aumentando seu uso para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e mitigar as mudanças climáticas.
Os países mais ricos estão estabelecendo metas ambiciosas para o uso da energia renovável, incluindo a biomassa, mas como a demanda por madeira supera a oferta em até 600% em alguns países, os investidores estão começando a olhar para poções de terras nos países em desenvolvimento.
Para os países em desenvolvimento, as novas plantações de madeira podem significar geração de emprego, investimento em infraestrutura e oportunidades de negócios, sem bem administradas. Entretanto, como aponta o estudo, há também o risco de que a compra de terras e as crescentes plantações de madeira desloquem comunidades pobres e marginalizadas das terras utilizadas para pequena agricultura de subsistência.
O estudo, que tem como meta sensibilizar para a fomentação de políticas tanto nos países desenvolvidos quando em desenvolvimento, adverte que a crescente demanda por madeira pode prejudicar a segurança alimentar a e a subsistência das pessoas mais pobres e mais vulneráveis, caso grandes áreas forem arrendadas para a plantação de madeira e biomassa.
“Temos observado a questão da alimentação e dos biocombustíveis, mas a plantação de madeira para a geração de biomassa pode ser uma importante alternativa para essa corrida global”, diz o Dr. Lorenzo Cotula, pesquisador sênior do IIED e coautor do estudo.
Duncan Macqueen, também pesquisador sênior e coautor, acrescenta que "a madeira é uma fonte vital de energia renovável, e que países em desenvolvimento deve desenvolvê-la para a segurança energética local, não a exportando para suprir os déficits de outros países em detrimento de sua população”.
Para acessar o estudo completo, visite http://pubs.iied.org/17098IIED.html
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